Nesta recôndita localidade onde os autores sobrevivem, subsiste uma ideia generalizada entre uma grande parte da população local masculina, a ideia que esta mesma localidade se situa no Ribatejo. Não adiantando pormenores, até porque os autores prezam muito a sua condição física e o seu bem-estar, podemos afiançar que tal não é verdade, sendo que a única característica em comum será a que serve de base a este textículo. Essa característica é a veia tauromática inflamada que tais personagens exibem com orgulho, seja em pequenas associações fechadas, quais gentlemen clubs de antanho, seja na forma quase pornográfica com que assistem a corridas de toiros na telvisão ou na forma quase religiosa em que organizam pequenas excursões para assistir às ditas corridas in loco.
Ressalvamos, desde já, que não queremos condenar a prática da tourada. Não o considerando um desporto saudável, também não temos nada contra o facto de, nesta singular manifestação cultural, haver uma besta de 500 kilos armada com um par de cornos que leve com 2 ou 3 estocadas no lombo. É do conhecimento dos autores que existem por aí alguns exemplos taurinos, talvez com menos kilogramas de peso e com maior diâmetro de cornadura, que também as mereceriam. Também não somos hipócritas ao ponto de defender os "direitos" dos "animais".
Como diria o Grande Lebowski: "What's this bullshit? I don't fuckin' care!"
Serve isto para dizer que, aquando de mais uma procissão às Capelas Etílicas cá do burgo, a televisão mostrava uma qualquer corrida de touros. Fomos prontamente avisados que "-Assim é que se vê que os cabrões do Norte é que mandam nesta merda toda, até nos touros".
Pensavam que era só no futebol? Tomem lá, Valentim Loureiro e Papa!!
(Pelos vistos, os defensores dos "animais" tinham interposto uma qualquer bem sucedida medida legal de forma a evitar a transmissão televisiva das corridas da RTP Lisboa e RTP qualquer-coisa-abaixo-do-Douro, tendo esbarrado nos tentáculos taurinos da RTP Norte! Olé!)
E assim sendo, os machos da terra viram desfilar, desde a cornetada inicial, uma série de senhores vestidos com calças justinhas e casaquinhos com muitos debroados e folhinhos e botinha de cabedal, que espetam ... É impressão minha ou isto parece-se demasiado com um qualquer fetiche homo-sado-zoo-masoquista?
Pior: Os verdadeiros machos da tourada, os forcados, (calcinhas justas, coletezinho e ui, o barretezinho) que, supostamente, encaram o bicho mano-a-touro, têm uma personagem de destaque que é o rabejador... Enough said.
E no meio disto tudo, surge Sónia Matias. Um raio de luz e de líbido no meio de tanta paneleirice. O momento de frisson e desconforto entre os velhos "aficionados" foi provocado por um dos jovens taberneiros, novo nestas lides e ainda não ultrapassando todas as fases da tertúlia taurmáquica secreta e que, ao ver a jovem cavaleira solta um sonoro : "TEM É UMA BOA BOCA PRÓ BROCHE". Desconhecendo a apetência oral da menina para a joalharia, aposto que seria concerteza um boa foda. Contudo, apercebi-me que os experimentados da affición não consideraram como séria a hipótese, preferindo dissertar sobre as capacidades de toureio e de matadora da dita cavaleira. A estes senhores, um conselho: Saiam do armário, não esperem pelo Carnaval para se vestirem de mulheres. Abracem-se quando a lide é bem feita e o ferro bem metido. De uma vez por todas, assumam que a tourada é um espectáculo rabeta.
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