Ninguém por certo adivinha
como essa Desconhecida,
entre estes braços prendida,
jurava ser toda minha…
Minha sempre! – e em voz baixinha:
- «Tua ainda além da vida!...»
Hoje fita-me, esquecida
do grande amor que me tinha.
Juramos ser imortal
esse amor estranho e louco…
E o grande amor, afinal,
(Com que desprezo me lembro!)
foi morrendo pouco a pouco,
como uma tarde em setembro…
Manuel Laranjeira, Commigo: versos d'um solitário, Porto : Typ. Fonseca & Filho, 1912.
2 comentários:
Atrevo-me finalmente a escrever um comentário no vosso blog apenas para vos dizer que graças aos vossos posts, tenho vindo aos poucos a descobrir os encantos da poesia. Digamos que a passagem pelo ensino secundário em humanidades colocou uma barreira à poesia que so agora começa a diminuir. Gosto imenso das vossas escolhas.
Parabéns pelo blog, tenho-me divertido imenso a ler os vossos posts.
Os autores agradecem a gentileza. Estes esforçam-se (mais do que deviam) por publicar textos que não se encontram integrados nos traumatizantes programas de português.
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