outubro 28, 2008
outubro 27, 2008
Pequeño vals vienés
En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.
Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.
Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.
En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.
Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".
En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.
outubro 26, 2008
outubro 24, 2008
"-Chrissy, he's fucked up!"
Antes violência gratuita que ter que pagar por ela...
outubro 23, 2008
"-Era uma hipotermia, ó fachavor"
outubro 21, 2008
Dedicado a Nélson Camacho
Faço minhas as palavras de Augusto Bruto.
outubro 19, 2008
Dirty Love
Give me
Your dirty love
Like you might surrender
To some dragon in your dreams
Give me
Your dirty love
Like a pink donation
To the dragon in your dreams
I don't need your sweet devotion
An' I don't want your cheap emotion
Whip me up some dragon lotion
For your dirty love
Your dirty love
Give me
Your dirty love
Like some tacky little pamphlet
In your daddy's bottom drawer
Give me
Your dirty love
I don't believe you never seen
His book before
I don't need no consolation
I don't want your reservation
I only got one destination
An' that's your dirty love
Your dirty love
Give me
Your dirty love
Just like your mama
Make her fuzzy poodle do
(Oh, Frenchie . . . )
Give me
Your dirty love
The way your mama
Make that nasty poodle chew
I'll ignore your cheap aroma
And your little-bo-peep diploma
I'll just put you in a coma
With some dirty love
Some dirty love
That dirty love
That dirty love
THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie)
THE POODLE CHEWS IT!
(Snap it!)
THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie)
THE POODLE CHEWS IT!
(Snap it!) THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie)
THE POODLE CHEWS IT!(Snap it!)
THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie) THE POODLE CHEWS IT!
(Not a speck of cereal!)
THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie)
THE POODLE CHEWS IT!
(Nothing but the best for my dog!)
THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie)
THE POODLE CHEWS IT!
(Come on!) THE POODLE BITES!
(Come on, Frenchie)
THE POODLE CHEWS IT!
(Little paws sticking up!)
THE POODLE BITES!
(Little curly head!)
THE POODLE CHEWS IT!
(Little curly tail!)
outubro 17, 2008
Curso intensivo de alemão
Como é que este homem fez uma coisinha como a Natassja é que ainda estou para saber...
outubro 16, 2008
Da margem esquerda da vida
Da margem esquerda da vida
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num halo vago, que atrai.
É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
Pra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.
Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.
Reinaldo Ferreira, Poemas, Lourenço Marques: Imprensa Nacional de Moçambique, 1960
outubro 15, 2008
outubro 14, 2008
Epigrama
Como os dentes da criança:
Quando nascem custam dores,
Que é por certo uma matança.
Porém fortes e robustos,
Quando chegam a crescer,
Servem como os dentes serve
outubro 13, 2008
outubro 06, 2008
outubro 05, 2008
5 de Outubro
outubro 04, 2008
So long, Dennis
Dinis Machado (1930-2008) in Carlos do Carmo, Margens, EMI-Valentim de Carvalho, 1996
poema
cantam todo o inverno
como se o frio fosse
o maior aconchego
nos parques arrancados
ao trânsito automóvel
nas ruas de neve negra
sob um céu sempre duro
os pássaros de Londres
falam do esplendor
com que se ergue o estio
e a lua se derrama
por praças tão sem cor
que parecem de pano
em jardins germinando
sob mantos de gêlo
como se de gêlo fora
o linho mais bordado
ou em casas como aquela
onde Rimbaud comeu
e dormiu e estendeu
a vida desesperada
estreita faixa amarela
espécie de paralela
entre o tudo e o nada
os pássaros de Londres
quando termina o dia
e o sol consegue um pouco
abraçar a cidade
à luz razante e forte
que dura dois minutos
nas árvores que surgem
subitamente imensas
no ouro negro e verde
que é sua densidade
ou nos muros sem fim
dos bairros deserdados
onde não sabes não
se vida rogo amor
algum dia erguerão
do pavimento cínzeo
algum claro limite
os pássaros de Londres
cumprem o seu dever
de cidadãos britânicos
que nunca nunca viram
os céus mediterrânicos